quinta-feira, março 29, 2007

É pô-los a andar ... JÁ!!!

PNR é um conjunto de Bandalhos que se uniu, em torno de causas avulsas, para criar instabilidade social, ressuscitando os velhos fantasmas do fascismo que imperou na Europa até finais da década de 70 (esta é a minha definição da “coisa”). Assustam-me por isto e porque há quem pense assim, legitimando involuntariamente este tipo de intervenções.

Nota Adicional: Porque ainda ninguém (como por exemplo o ACIME ou o Governo) teve o discernimento e a coragem de o dizer - ISTO é CRIME e ANTICONSTITUCIONAL!

O resto são parvoíves ...

"O Partido Nacional Renovador (PNR) anunciou nesta quinta-feira o início de uma campanha contra os imigrantes em Portugal, afirmando que não se podem apoiar políticas que promovam a Imigração enquanto «houver Portugueses a viver na miséria», informa a agência Lusa, citando um comunicado enviado às redacções.
A Comissão Política Nacional explica que incluiu a colocação de um cartaz (ver imagem) no Marquês de Pombal, em Lisboa, em que se apela à saída dos imigrantes: «Desse modo protestamos contra as sucessivas políticas governamentais que desprotegem e desfavorecem os Portugueses».
O cartaz, único motivo desta campanha, terá sido «pago integralmente pelos militantes e simpatizante», pelo que se acrescenta que em Abril vai ser distribuído à população vário «material alusivo ao tema».
O cartaz já mereceu o repúdio do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e do Alto Comissário para a Migração e Minorias Étnicas (ACIME), Rui Marques, em declarações ao Diário de Notícias.
Ao manifestar «vivo repúdio e indignação», Pedro Silva Pereira disse que o governo está a verificar se o cartaz constitui crime e considerou a sua existência uma «acção lamentável» e uma injustiça para os imigrantes, que contribuem para o desenvolvimento do país.
O cartaz, com a imagem de José Pinto Coelho, líder do PNR, e uma faixa «Portugal aos Portugueses», proclama «basta de imigração - nacionalismo é solução» e apresenta uma imagem de um avião em voo com a legenda «façam boa viagem»."


In PortugalDiário

29 de Março de 2007

segunda-feira, março 26, 2007

O "Cantinho" da memória (5): Porque a memória é CURTA...


... porque não posso aceitar o que cá se passa, mas porque sou democrata e (ainda) respeito o que pensa a maioria dos portugueses, só tenho uma alternativa: FUGIR DESTA CEGUEIRA COLECTIVA!!!



Nota: E não é desculpa para dar corpo ao meu desejo de viver em Barcelona...

sexta-feira, março 23, 2007

Soube disto...


Já suspeitava ... Engenheiro d'Obras Feitas!!!

Também soube que este Senhor acabou de desautorizar o Ministro da Saúde, dando a razão e o protagonismo, obviamente indevidos, a quem de CORDEIRO tem muito pouco...

Aproveito para lhe deixar um conselho de quem sabe alguma coisa disto (que não sou eu, evidentemente): Sr. Ministro da Saúde, DEMITA-SE!!!**


"É um dos temas do momento na blogosfera. Correm boatos, insinuações. Pergunta-se: como é que, em 1995,o actual primeiro-ministro completou a sua licenciatura? Com a autorização de Sócrates, o PÚBLICO consultou o processo. E falou com o reitor e antigos professores
a O dossier relativo à licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente tem várias falhas. Há alguns documentos por assinar, ou sem data, timbre ou carimbo, tal como há elementos contraditórios, nomeadamente os relativos às notas atribuídas a José Sócrates.De acordo com os documentos a que o PÚBLICO teve acesso - 17 folhas fotocopiadas de "todo o dossier" de curso -, o primeiro-ministro terminou o bacharelato no Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra em Julho de 1979, com média de 12 valores. Quinze anos mais tarde, quando já estava empenhado na campanha de António Guterres para primeiro-ministro e era deputado do PS, inscreveu-se no curso do ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) de Engenharia Civil, na modalidade de Transportes e Vias de Comunicação. Uma das folhas do processo, de que foi dada cópia ao PÚBLICO e lida na presença do reitor da UnI, indica que José Sócrates fez dez cadeiras semestrais no ISEL, no ano lectivo de 1994/95. E deixou 12 por fazer, antes de entrar para a Independente. Aqui, Sócrates concluiu cinco disciplinas. Foi essa folha que terá servido para atestar a frequência das disciplinas no ISEL no processo de equivalência e matrícula da UnI, a 14 de Setembro de 1995. Só que a sua data é posterior: nas costas da fotocópia vê-se um carimbo, assinado pelo chefe de secção da secretaria do ISEL, "conforme o original arquivado", com data de 8 de Julho de 1996. Já o Boletim de Matrícula na UnI revela que, nessa ocasião, o único documento junto ao processo foi uma fotocópia do BI. Se estes dois documentos são assinados e têm data, o mesmo não sucede com outras fotocópias. É o caso, por exemplo, do Plano de Equivalências de José Sócrates, sem qualquer timbre nem carimbo e onde se concretiza que cadeiras mereceram equivalência por parte da UnI. Ou do Pedido de Equivalência, uma folha não numerada (como todas as outras), onde apenas surge o nome José Sócrates Sousa, manuscrito pelo próprio, e o mapa de equivalências por ele proposto. Acresce que o número de cadeiras a que é requerida a equivalência, 25, tem menos uma cadeira do que o total das disciplinas a que José Sócrates viria de facto a obter equivalência no processo de transferência: 26. Por outro lado, o espaço onde o responsável do conselho pedagógico pelo processo deveria colocar a sua assinatura está em branco.Documentos sem numeraçãoNão se sabendo a data em que foi entregue, consta também dos documentos consultados o requerimento em que José Sócrates pede o plano de curso da UnI e afirma enviar a relação das cadeiras que fez no ISEL. Sócrates ressalva, contudo, que o certificado do ISEL só o poderá entregar em Setembro, "pelo facto de algumas notas não estarem ainda lançadas". Calcula-se que o primeiro-ministro se estivesse a referir a Setembro de 1995, mas com essa data, ou outra aproximada, não se encontra qualquer certificado do ISEL. O primeiro-ministro despede-se apresentando os melhores cumprimentos, com "do seu José Sócrates" escrito à mão. O reitor disse não conhecer o primeiro-ministro antes de este ter frequentado a UnI. Na resposta ao requerimento de José Sócrates, esta com data de 12 de Setembro de 1995, assinada pelo reitor, é atestada a recepção do requerimento e Luís Arouca indica já que a comissão científica da Faculdade de Ciências da Engenharia e Tecnologias deliberou "propor-lhe a frequência e conclusão das seguintes disciplinas do Plano de Estudos de Engenharia Civil: Análise de Estruturas, Betão Armado e Pré-Esforçado, Estruturas Especiais e Projecto e Dissertação". De fora ficou, "por falha", segundo Luís Arouca, a cadeira de Inglês Técnico. Por fim, existem duas folhas avulsas, aparentemente folhas de rosto, que não se percebe a que se referem. Uma, com cabeçalho do gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ambiente, é um fax dirigido a Luís Arouca e aparenta ser uma folha de rosto. Na zona do texto, José Sócrates escreveu: "Caro Professor, aqui lhe mando os dois decretos (o de 1995 fundamentalmente) responsáveis pelo meu actual desconsolo." Luís Arouca afirmou ao PÚBLICO não se lembrar a que se referia o primeiro-ministro. O reitor insistiu, ainda, que não existem mais documentos sobre José Sócrates naquela instituição. "As fichas de cada aluno já ninguém sabe delas. Nos primeiros anos, a nota final é acompanhada com fundamento, depois é deitada fora", concretizou. Sobre o registo do pagamento de propinas, a resposta foi semelhante. "Ao fim de cinco anos, vai tudo para o maneta."Por fim, confrontado com o facto de as folhas do processo não estarem numeradas, o reitor afirmou: "A numeração importa. Mas nem sempre se numera." O certificado de habilitações, assinado pela chefe dos serviços administrativos, Mafalda Arouca, e pelo reitor, Luís Arouca, indica ainda que o curso foi concluído a 8 de Setembro de 1996, com média final de 14 valores. "

In Público
22 de Março de 2007

** Nota: O Ministro da Saúde (para os maus incautos - Dr. Correia de Campos) já me tirou um conjuntinho de fotocópias e um cafézinho, ou seja, fi-lo trabalhar ... Foi num dia chuvoso, perto da Casa de Banho Gigante de Alvalade, há sensivelmente dois anos atrás...

quarta-feira, março 21, 2007

“Bosc de las Fadas”


Barcelona é uma cidade maravilhosa. É, sem dúvida, a melhor cidade europeia onde já estive. Andei durante anos e anos à procura de uma lugar como este. De tudo o que me impressionou, destaco particularmente as seguintes características que, de alguma forma, suscitaram o desejo de lá poder viver um dia:
. Barcelona Democrática: é, inelutavelmente, a cidade mais democrática de todas. Cada pessoa tem a sua especificidade e a sua diferença, sendo que esse facto é aceite com a naturalidade que lhe é devido;
. Barcelona Cosmopolita: Ouvi, pelo menos, dez línguas diferentes em Barcelona. É uma cidade do Mundo (com a vantagem de aqui se reunirem “quase” todas as pessoas bonitas - este fim-de-semana todas mesmo);
. Barcelona Exemplo de Planeamento Urbanístico: O planeamento urbanístico desta cidade é perfeito. A arquitectura moderna e contemporânea convivem com verdadeiras construções atípicas do século XIX (p.e. Casa Batlló).
Adicionalmente, posso garantir que a rede de transportes públicos é assombrosa!
. Barcelona Cultural: Existem, em Barcelona, diferentes culturas que se entroncam e complementam conseguindo uma harmonia que torna a cidade ainda mais graciosa.

Por estas razões, e muitas outras, alimento o sonho de viver neste Bosque de Fadas.



P.S. Não obstante ter estado em Barcelona este Fim-de-semana, sofri como um perdido no Sábado à noite... Ao que dizem foi mau demais para ser verdade!

terça-feira, março 13, 2007

Assimetria de Informação

A importância da informação...

Eu tenho a minha tese sobre a origem e o agravamento da desigualdade social, da pobreza e da exclusão social. Do meu ponto de vista, este tipo de fenómenos é potenciado por um factor crítico que, na maior parte das vezes, é ignorado na análise. Trata-se da ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO.
Os seguintes conjuntos de condições parecem-me paradigmáticos e comprovativos do que defendo:

1. Inacessibilidade às oportunidades, aos meios e aos recursos adequados – Assimetria de informação como factor gerador imediato de exclusão a todos os níveis (económico, social e cultural) por falta de acesso a informação “de entrada”
* Acesso ao crédito – ver AQUI;
* Acesso a formação;
* Acesso ao (s) mercado (s) (bens essenciais e primários inclusive);
* Acesso a práticas e culturas (barreiras culturais e burocráticas à entrada);
* Etc.

2. Inexequibilidade (como falha de implementação) das políticas orientadas para o combate a este tipo de fenómenos sociais – Assimetria de informação existente entre quem define a política, quem a implementa e os respectivos destinatários ou beneficiários
* Exemplo dado AQUI aquando da avaliação (pouco sistemática) da política social - Rendimento Social de Inserção (RSI) – persistência do fenómeno e aumento do grau de dependência em determinados casos.

3. Inevitabilidade circunstancial e de exploração – Assimetria de informação como fonte de exploração por terceiros ou como factor potenciador do reforço de um estado indesejável
* Fuga aos impostos (Incapacidade de quem não tem informação suficiente para o fazer, sofrendo as consequências de quem o faz);
* Número de filhos em famílias desestruturadas (deficiente acesso a informação relativa ao planeamento familiar);
* Exploração pelos bancos como forma pouco ética e embrutecida de engordar substancialmente os respectivos lucros;
* Distorções de Mercado – p.e. monopólios com claros impactos no bem-estar dos consumidores.

O papel do Estado, como regulador das relações sociais e económicas, deve ser o de reduzir este tipo de assimetrias. O intervencionismo deve existir ... na dose necessária, claro!

domingo, março 11, 2007

Perfídia(s) [2]

Toma "Special one"! A tua arrogância já aborrece...
Aborrece porque estás farto de ganhar, de falar e de ser o protagonista.
Os pequenos (em orçamento, claro!) também merecem, sobretudo quando se esforçam e jogam à séria.
Terça-feira passada a magia deste senhor mereceu.
Foi traição! Dupla...


terça-feira, março 06, 2007

Perfídia(s)


Assim dói! Dói a dobrar: pelo medo de vencer e pela tristeza de perder...


Até os comemos ... CARAGO!!!



Hoje à noite seremos todos PORTISTAS!

Menos o Mourinho, o Paulo Ferreira, o Hilário e o Ricardo Carvalho...

FORÇA FC PORTO!!!

segunda-feira, março 05, 2007

Essência da Vida [2]


A racionalidade tem destas coisas. Esvazia sentimentos e emoções em prol de um raciocínio que respeite as leis da lógica.
Se estivéssemos num “Mundo Racional” viveríamos em monotonia, sem prazer, sem emoções ou risco, numa sociedade normativa e imputrescível. Valeria a pena?

*****

“Vi com os meus próprios olhos um homem tornar-se racional. Foi muito penoso. Conheci-o bem, era um tipo normal, até certa altura. Sempre mostrou uma tendência para questionar a realidade que o rodeava, o que frequentemente dava origem a conversas intelectualmente estimulantes. Coisas que nos passavam despercebidas aproveitava-as ele para reflectir sobre o mundo, para tirar conclusões drásticas, para criticar e se indignar. Era um cidadão consciente e lúcido, daqueles a quem não é fácil enganar. Conferia sempre as contas nas lojas, submetia os actos dos amigos a um rigoroso exame moral. Resultado: as pessoas tinham cuidado com ele e não prevaricavam. Isso era bom. A sua presença tinha um efeito edificante, dissuasor da auto-indulgência. Elevava o nível à sua volta, digamos assim. Mas de um dia para o outro começou a comportar-se de forma estranha.
Jantávamos num restaurante e, ao contrário do costume, ele estava muito calado. Parecia preocupado, como se o atormentasse algum problema sem solução. De repente, levantou-se. Dirigiu-se à mulher de uma mesa ao lado e fez-lhe esta curiosa observação: “Minha Senhora, peço desculpa por a abordar desta forma, mas… os seus seios estão a notar-se”.
Ela corou instantaneamente e não conseguiu evitar baixar os olhos para o seu próprio peito. Mas não havia nada de anormal. Usava uma camisola de lã e gola alta, não particularmente provocante.
“Eu sei que pretende cobrir os seios, mas a verdade é que eles se notam perfeitamente, lamento dizer-lhe”, prosseguiu o meu amigo racional, apontando para as duas protuberâncias que moldavam o pulover azul. “Se é obsceno exibir os seios em público, não o é menos denunciar a sua existência de forma tão óbvia”.
Consegui arrastar o meu amigo para fora do restaurante, mas não logrei convencê-lo da estupidez da sua atitude. Insistia ele que, se havia uma regra social segundo a qual as mulheres deviam esconder os seios, seria lógico que se empenhassem verdadeiramente em fingir não os ter, explicava.
E isso foi só o começo. No dia seguinte fez ver a uma grávida que passear-se naquela condição era como anunciar com um megafone que tinha praticado sexo. “Ora, se o acto sexual deve ser feito às escondidas, é uma vergonha andar a mostrar o estado em que se ficou…”, dizia ele.
Tornou-se insuportável. E o pior é que era difícil combater os seus argumentos. Por mais absurdo que parecesse, havia alguma lógica no que dizia. Talvez demasiada. Era esse o problema: ele levava os raciocínios até ao fim.
Começou a recusar-se a comer em restaurantes, pois alegava que os cozinheiros usavam restos e cuspiam na comida. “É lógico!”, gritava, louco de lucidez. “Já reparaste na quantidade de comida que os clientes deixam nos pratos? Por que razão não haveriam esses restos de ir engrossar a sopa, ou o bacalhau à Brás do dia seguinte? E quando o cozinheiro está cansado e com a neura, não haverá momentos em que odeia os clientes? Que escrúpulo o vai coibir de cuspir na panela? Se o pode fazer impunemente, é lógico que o faz”.
Passou a cozinhar em casa. Mas só até ao dia em que, depois de elaborar uma lista de todos os alimentos cancerígenos, oxidantes, indutores do aumento do colesterol, de problemas digestivos e outros, praticamente deixou de comer.
Era lógico que teria de ser internado, expliquei-lhe. Ele olhou para mim, lívido, cheio de olheiras.
E como era extremamente racional, lúcido e lógico, concordou.”


Paulo Moura in Público
25 de Fevereiro de 2007

Essência da Vida [1]



Vinho e Gourmet: Prazer ou pecado?

Palácio da Bolsa - 17 de Fevereiro de 2007