segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Parece uma eternidade...


Parabéns ... ou talvez não ...

Parece uma eternidade mas só lá vão 2 anos ... de mais do mesmo (e um bocadinho de coragem, vá)!
Sr. Primeiro-ministro se não for pedir muito gostaríamos de ter três prendinhas de aniversário: um(a) novo(a) ministro(a) da Saúde, um(a) novo(a) ministro(a) da Educação e um(a) novo(a) ministro(a) da Economia (sobretudo que saiba falar em condições e que perceba um bocadinho do assunto).

Obrigado

O "Cantinho" da Memória (4): Zeca Afonso

"Canção de Embalar" - Zeca Afonso

Homenagem: Verdadeiro Artista [3]


Zeca Afonso - Revolucionário

2 de Agosto de 1929

23 de Fevereiro de 1987


"Tudo são palavras mansas
Tudo são palavras caras
Avança, meu povo, avança
Avança que já não páras"


Os albuns "obrigatórios": "Baladas e Canções" (1967), "Traz outro amigo também" (1970), "Cantigas do Maio" (1971) e "Venham mais cinco" (1973)

P.S. Quase que assistia na Sexta-feira, à meia noite em pleno S. Luís em Lisboa, à sentida homenagem da Cristina Branco! Foi por um bocadinho...

A Odisseia do Combate à Pobreza [3]

Segundo um estudo da Comissão Europeia Portugal está entre os países mais pobres da União Europeia


"Portugal é um dos países da União Europeia onde o risco de pobreza é mais elevado, sobretudo entre as pessoas que trabalham, apesar de vários Estados-membros terem níveis de riqueza muito inferiores.
De acordo com dados ontem publicados pela Comissão Europeia, 20 por cento dos portugueses viviam em 2004 abaixo do limiar de pobreza - fixado em 60 por cento do rendimento médio nacional depois de incluídas as ajudas sociais - contra uma média comunitária de 16 por cento.Entre os Vinte e Sete países da União Europeia (UE), apenas a Polónia e a Lituânia estavam em pior situação, com 21 por cento de pobres. Estes são, no entanto, países com níveis de riqueza particularmente baixos: o produto interno bruto (PIB) por habitante da Polónia ascendia no mesmo ano a 50,7 por cento da média comunitária e o da Lituânia a 51,1 por cento. Em Portugal, o PIB por habitante representava na mesma altura, 74,8 por cento da UE.No extremo oposto está a Suécia, com 9 por cento de pobres, e um PIB por habitante equivalente a 120 por cento da média europeia.A taxa de pobreza em Portugal confirma uma situação que se mantém relativamente estável desde o fim dos anos 1990, com uma curta excepção em 2003 (ver quadro).Fraca consolação, o risco de pobreza em Espanha, Irlanda e Grécia, os antigos pobres da UE, está exactamente ao mesmo nível de 20 por cento que Portugal, apesar de os seus níveis de rendimento serem muito superiores: o PIB irlandês ascendeu, em 2004, a 141 por cento da média da UE, o espanhol a 100 por cento e o grego a 84,8 por cento.Mas Portugal tem o pior resultado da UE num outro indicador, o dos trabalhadores pobres, o que significa que o salário não protege contra a precariedade: segundo os mesmos dados, 14 por cento dos portugueses com um emprego vivem abaixo do limiar de pobreza, contra 8 por cento no conjunto dos Vinte e Sete. Na República Checa, cujo PIB é muito próximo do português (75,2 por cento da UE), os trabalhadores pobres são apenas 3 por cento da população.Em Portugal, afirma Bruxelas, "o risco de pobreza após transferências sociais, e as desigualdades na distribuição dos rendimentos (rácio de 8,2 em 2004) são das mais elevadas na UE". As crianças - 24 por cento - e os idosos com mais de 65 anos - 28 por cento - "constituem as categorias mais expostas ao risco de pobreza", acrescenta.Para a Comissão, o risco de pobreza é agravado com o aumento do desemprego - que subiu em Portugal de 4 por cento da população activa em 2000 para 7,6 por cento em 2005. Mas igualmente com a elevada taxa de abandono escolar (38,6 por cento em 2005 contra 42,6 por cento em 2000) - e o baixo nível de escolaridade dos jovens (48,4 em 2004 contra 42,8 por cento em 2000), dois indicadores em que Portugal está "muito abaixo da média da UE".Bruxelas aconselha assim o país a garantir "a efectiva inserção social dos grupos de risco", através da adopção de medidas ligadas ao rendimento mínimo, e melhorar os níveis de qualificação dos desempregados, sobretudo dos menos qualificados e dos jovens.Do mesmo modo, e tendo em conta que o envelhecimento da população será mais rápido em Portugal que em muitos outros Estados e que os seus custos com a saúde são mais elevados, Bruxelas aconselha o Governo a aplicar a reforma das pensões, melhorar a eficácia do sistema de saúde e resolver o problema do financiamento "regressivo" da saúde, incluindo através da redução dos custos financeiros com os grupos mais desfavorecidos."

In Público
20 de Janeiro de 2007

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

A Odisseia do Combate à Pobreza [2]


“Emprestar pequenas quantidades de dinheiro aos pobres sem necessidade de garantias subsidiárias apresenta-se como uma forma revolucionária de acabar com a pobreza. O economista do Bangladesh Muhammad Yunus fundou em 1984 o banco Grameen, através do qual pôs em funcionamento a sua alternativa económica: os micro-créditos. O mundo parece ter recebido esta proposta com os braços abertos: os bancos convencionais solicitam oferecê-los e as Nações Unidas proclamaram 2005 como o ano do micro-crédito. Porém, os micro-créditos serão realmente a solução para a pobreza? O Canal Odisseia viaja até ao Bangladesh, um dos países mais povoados e pobres do mundo para analisar os resultados destas inovadoras soluções nas suas primeiras aplicações. Depois de ter sido galardoado em 2006 com o Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus sonha com um objectivo para o ano de 2030: inaugurar um museu da pobreza para que o Mundo possa recordar do que é que se tratava…”

Canal ODISSEIA

"Micro-créditos, ou o Fim da Pobreza?"

2ª feira (19 de Fevereiro) - 21h00

3ª feira (20 de Fevereiro) - 9h00

3ª feira (20 de Fevereiro) - 14h00

Mais informações sobre o Microcrédito aqui!

A Odisseia do Combate à Pobreza [1]


O rosto mais "BONITO" do combate à Pobreza - Angelina Jolie
Este fim-de-semana na Revista NS

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Igualdade de Género...


Assine a Petição do Lobby Europeu das Mulheres "Quem cuida?"
Esta petição visa promover a igualdade entre mulheres e homens através de uma melhor oferta de serviços de prestação de cuidados na União Europeia. A petição está diponível em português aqui.
A recolha de assinaturas termina dia 06.03.2007. A petição será entregue ao presidente da Comissão Europeia e a todos/as os/as Chefes de Estado e de Governo da UE por ocasião do Dia Internacional da Mulher.


Vamos Todos Ajudá-LAS!

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Diz que sim!


A maioria abstém-se, a minoria diz que sim, o referendo é banalizado e o governo até ganha.

Alguma oposição recusa-se a aceitar os resultados, o "sim" faz a festa e o "não" chora e agoira o futuro.

A democracia aparenta algum amadurecimento e as MULHERES tornam-se efectiva e definitivamente (esperemos nós) ganhadoras de uma causa, de um acréscimo de responsabilidade e da igualdade de oportunidades e tratamento que há tanto se exigia.

O País, esse continua na mesma…

sábado, fevereiro 10, 2007

Em Reflexão...



Reflictamos então...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Porque [DEFINITIVAMENTE] SIM...

A decisão tem de ser tomada em consciência...

Não podia deixar chegar o referendo sem dar a minha opinião pessoal, definitiva e transmissível, sobre a questão que todos iremos responder no próximo dia 11 de Fevereiro.
A dita pergunta não é acerca de quem é “pró-vida” ou “pró-escolha”, nem acerca de quem é a favor do aborto ou contra o aborto, nem sobre quem mais respeita o sofrimento das mulheres. Também não é sobre quando e onde começa a vida humana e muito menos sobre o sim e o não ao aborto.
É sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez. Entenda-se sobre a penalização de quem já esteve sujeito a humilhação pela justiça depois de ter sido sujeito a este drama delicado através de, pelo menos, um julgamento, o pagamento de uma coima e a uma pena, simplesmente porque não teve dinheiro para o fazer em condições de higiene e segurança e fora do país relativamente longe para que o braço penal não o fosse capaz de atingir.
É, adicionalmente, sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez por opção da mulher, o que significa que esta não pode ser forçada a abortar por terceiros ou por uma entidade administrativa abstracta (p.e. o Estado ou uma junta médica como já ouvi. Creio que não é preciso invocar os casos específicos de quem morreu por não ter tido a oportunidade de optar, deixando que a “escolha” dos médicos fosse pela “VIDA”). O que não quer dizer que a mulher tenha de tomar esta decisão sozinha, mas sim em consciência. Ninguém acredita que o Pai fique totalmente fora da decisão. Se o fica é por opção própria. É, por demais evidente, que muitos dos abortos se realizam por “mães solteiras” a quem os companheiros negam o apoio, ignorando a responsabilidade paternal.
É, ainda, sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez até às 10 semanas. Muitos os partidários do “NÃO” advogam a teoria do aborto livre. Mas isto quer exactamente dizer que o aborto deixa de ser livre e passa a ter um limite temporal. O que acontecerá para lá das 10 semanas? Exactamente o que acontece a quem excede o limite de velocidade na estrada: é punido conforme o excesso. Porquê as 10 semanas? Podemos invocar razões científicas para a origem da Vida ou o seu reconhecimento jurídico, mas sobretudo razões que o apontam como limite para colocar em risco a saúde da mulher. No entanto, parece-me mais importante não invocar nenhuma e não discutir o que não interessa para a discussão.
É, finalmente, sobre a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez por opção da mulher até às 10 semanas desde que em estabelecimento de saúde legalmente autorizado, ou seja, em condições de higiene, segurança, igualdade no tratamento e de oportunidade, mas que não significa necessariamente do Estado. Isto é, não deve ser numa farmácia (através da tal “pastilha” milagrosa que provoca o aborto) sem acompanhamento médico, psicológico, à bruta e a “quente”. Assim, ainda consideram “livre”? Só se for a decisão…Apesar de tudo ainda há quem argumente que tudo cairá em cima do Sistema Nacional de Saúde, que não existe capacidade instalada para dar resposta ao problema, etc. Mas a verdade é que mesmo que assim seja, o Sistema já foi capaz de se adaptar a outro tipo de novos fenómenos sociais e de saúde como por exemplo a SIDA, o cancro ou outras epidemias.
A razão principal pela qual irei votar “SIM” no próximo referendo tem que ver com a minha percepção desta pergunta, mas sobretudo com a minha visão da sociedade. Não consigo tolerar que a maioria imponha valores à minoria. Ninguém pode, nem deve, limitar a opções de consciência através do inculcar de valores sociais ou outros (como cheguei a ouvir: “esta é a verdadeira função do Estado: impor limites e valores”). Os valores não resolvem problemas concretos porque não vivemos nem viveremos na sociedade ideal. Temos a obrigação de a construir todos os dias, mas devemos fazê-lo pela intervenção e não através de mecanismos compulsórios que nos obriguem a aceitar valores com os quais não nos identificamos. O exemplo paradigmático tem que ver com a dificuldade em aceitar, a determinada altura na nossa vida em sociedade, a instituição do divórcio ou das Uniões de Facto, como ainda hoje custa aceitar o direito dos homossexuais ao casamento. Porquê? Fácil. São instituições que colidem com os valores maioritários da sociedade Portuguesa.
Quero alertar para o seguinte: quem “agora” defende as teses que suportam o “NÃO” reivindica a despenalização da mulher (até às 10 semanas? Até quando? Continuo sem perceber…) nestes casos e promete “arregaçar” as mangas para o trabalho de prevenção após o referendo. Cheira-me a “Dejá Vu”. Isto não aconteceu em 98? Com que resultados práticos?
Depois do dia 11 de Fevereiro, o principal problema será mobilizar o poder político para a definição de estratégias e políticas de suporte ao nível do planeamento familiar, da saúde e da educação sexual, etc. Todavia, acredito que algum trabalho irá ser desenvolvido… Eu tentarei fazer a minha parte. Aqui!

P.S. Não me venham com a história das maternidades. As razões apontadas para o fecho das maternidades são completamente distintas e nada têm a ver com a questão do planeamento familiar ou do aborto.