"Futebol de Brincadeira" 1 – O clube contratou, em Dezembro, um “contínuo” (ou porteiro, ninguém tem bem a certeza…) do Felgueiras como jogador de futebol que, entretanto, ainda foi fazer uma “perninha” no Lixa;
2 – Este mesmo jogador (perdão, porteiro, sejamos rigorosos pois é a categoria profissional que lhe foi atribuída no Lixa e pela qual auferia o farto ordenado de €300) deixou de envergar (oficialmente) a camisola do clube depois de estalar a celeuma. Ora, nesta altura o Gil Vicente tinha 27 pontos e o Belenenses 34. O último acabou o campeonato com 39 e o primeiro com 40;
3 – Confiar na celeridade da Federação Portuguesa de Futebol para a emissão de um parecer técnico é um “tropeção” incompreensível nos dias que correm (ainda para mais sabendo que o Benfica tinha sido perdoado num caso parecido – Ricardo Rocha mal inscrito – e que dificilmente se iria solidarizar com o clube gilista, dispersando as atenções para um suposto, vitimizante e mal esclarecido,
“Caso Mantorras”);4 – A agravar toda esta situação, e provocando ainda mais o sistema instalado no futebol, o seu presidente resolveu exercer um direito constitucional (Como é possível?!?!?!). Temos de concordar que num país onde a democracia e o Estado de direito são recentes, se torna difícil alguém compactuar com uma atitude deste tipo (realmente…);
5 – Finalmente, e porque conta para o ranking da palhaçada, o Belenenses tem, sem margem para dúvida, um presidente com um maior grau de “comicidade”, bem patente nas suas mais recentes e anedóticas afirmações “Foi uma época complicada. Ninguém acreditava que a combinação de resultados que se verificou pudesse acontecer. O Belenenses merece estar na I Liga, bla, bla, bla, bla, bla, bla”. Enfim, aspecto importantíssimo para a manutenção tendo em conta os que já constam da lista de dirigentes da 1ª liga portuguesa.
Agora, digam-me de vossa justiça: Será que um clube que contrata um porteiro (ou contínuo, confesso que continuo baralhado) para jogador de futebol e que sem ele no plantel consegue a permanência desportiva na 1ª liga, que confia “cegamente” na celeridade e isenção de um organismo desportivo português do “sistema” e com um presidente sem o mínimo sentido de humor merece manter-se na 1ª liga Portuguesa de futebol? Sinceramente, parece-me que não… e ainda acrescento mais, é por estas e por outras que a justiça em Portugal está como está: Uma lástima!