domingo, julho 29, 2007

Cantinho Cultural [1]

Bazulaqueguisado típico com fígado, banha e sangue de carneiro.


Este foi um fim-de-semana cultural. Começou com um regresso às Danças de Salão, passou pela “Festa do Anho Assado com Arroz no Forno” em Baião e acabou na compra de livros.

E já cheira a férias…

A Minha PLAYLIST [5]

"The Eye of the Tiger" é uma das músicas que marca a minha adolescência. Apesar do filme que a tornou famosa, Rocky 3, não ser uma dos meus favoritos, a música consegue transmitir energia, garra, resistência, capacidade de sofrimento e vontade de vencer... características que considero fundamentais para o sucesso nos dias de hoje!

terça-feira, julho 24, 2007

A Minha TERCEIRA VIA [1]


Aqui está! Finalmente vou escrever sobre uma das minhas “paixões”… É um conjunto de textos, divididos em vários posts, sobre a “minha” Terceira Via.
São organizações, sem fins lucrativos, privadas, auto-governadas (apesar de não parecer), voluntárias (em muitos casos), privilegiam o trabalho sobre o capital, têm uma natureza pluralista, aberta e solidária, e tentam gerar riqueza colectiva em vez de retorno individual e são uma alternativa cada vez mais importante (apesar de pouco reconhecida)… Existem vários estudos que tentam clarificar e delimitar as suas fronteiras, a sua natureza e as suas funções económicas, políticas e sociais entroncando recorrentemente em dois pontos comuns: a existência de diversas “zonas cinzentas” e o âmbito diferente da sua intervenção relativamente aos outros tipos de organização existentes (o Mercado e o Estado). Independentemente das diversas designações existentes, aqui vai a minha visão da “coisa” optando pelas denominações mais comuns…


Parte I – Porque é que existe um Terceiro Sector ou uma Economia Social?

1. Porque existem Assimetrias de Informação

Estas organizações existem porque o mercado e o Estado falham, mas também porque são um tipo de organização diferente daquelas que existem, ou seja, a Economia Social é uma forma de organização que se rege por princípios e objectivos para fins diferentes dos da Economia de Mercado. Isto porque existem, nas mais variadas situações e em determinados sectores de actividade, produtores de bens ou serviços que possuem mais informação do que os potenciais beneficiários ou destinatários, o que torna difícil aos segundos avaliar a respectiva qualidade. Neste sentido, as empresas, enquanto organizações maximizadoras do lucro, têm incentivos em explorar esta vantagem e o Estado, como macro-entidade, é incapaz de os fornecer na medida em que a sua dimensão burocrática (assim como os compromissos e os ciclos eleitorais) apenas permite que o faça de forma a satisfazer as preferências do votante mediano.
Um dos exemplos mais citados, para além do da área social, é o da saúde. Não é improvável (apesar de todos os juramentos éticos possíveis e imaginários) que ao recorrermos a um médico ele não “minta” acerca do nosso estado de saúde. Apenas este especialista, com o conhecimento técnico adquirido, é capaz de conhecer em que “estado da natureza” verdadeiramente nos encontramos. Se souber que ganha com o estado mais grave tenderá (do ponto de vista da racionalidade) a diagnosticá-lo mesmo que o paciente padeça de um outro mal. No entanto, e se existir aquilo a que os economistas chamam “non-distribution clause”, este profissional terá todos os incentivos para dizer a “verdade”. Esta é uma das principais funções das organizações sem fins lucrativos, ou seja, a capacidade de em mercados com falhas relacionadas com a assimetria informacional (casos da saúde, da educação, do serviço social, etc.) promover a qualidade do serviço e, da mesma forma, desincentivar a exploração de quem menos informação possui acerca de um determinado estado, tornando-se mais eficientes que organizações privadas lucrativas ou públicas.
Adicionalmente, o Estado é mais eficiente se assumir apenas o papel de financiador neste tipo de mercados, já que deste modo é capaz de ultrapassar problemas como aqueles que estão relacionados com o problema do “free-rider”[1], na medida em que contractualizando os ditos serviços com organizações sem fins lucrativos, aumentam a qualidade do serviço, possibilitando uma resposta mais rápida e ajustada (e de forma menos burocrática, mais flexível, mais espontânea e mais eficiente) às necessidades reais das populações onde estão inseridas. Este tipo de actividades atrás descritas não é capaz de gerar tantas economias de escala como outras mais atractivas para a iniciativa privada lucrativa;

2. Porque é necessária a “(Re) Inclusão dos excluídos” na Economia de Mercado

A Economia de Mercado é uma forma de organização da economia. Não é a única e para muitos não é a perfeita. Todavia, foi aquela que conseguiu proporcionar melhores condições de vida ao maior número de pessoas.
Assim, continua a gerar um conjunto de fenómenos sociais para os quais ainda não foi encontrada solução definitiva: a pobreza e a exclusão social. A segunda função económica que sou capaz de elencar está relacionada com a capacidade da economia social servir de suporte ao mercado.
Por definição o mercado exclui. Para os menos identificados com fenómenos económicos, basta recorrer à metáfora da oferta e da procura. Do lado da procura quem não for capaz de pagar o preço, definido no mercado, por um determinado bem ou serviço é excluído, ou seja, deixa de lhe ter acesso. O Terceiro Sector ou a Economia Social tem como um das suas funções principais reincluir quem está excluído recorrendo à produção de bens e serviços a preços mais baixos através da renúncia ao lucro e recorrendo ao trabalho voluntário e livre da comunidade em prol da resolução de problemas comuns ou por pura filantropia;

3. Porque é necessária uma Organização Económica Alternativa

A Economia Social ou o Terceiro Sector existe com objectivos colectivos sob princípios diferentes, ou seja, existe porque existem necessidades e problemas (de consumo ou não) para as quais é necessária uma resposta solidária de acordo com regras específicas de estruturação. Este movimento prova que a sociedade civil é capaz de se organizar para satisfazer necessidades comuns (muitas das vezes por puro altruísmo) de um determinado conjunto de pessoas (que podem ser os próprios “necessitados” como no caso das cooperativas e dos grupos de auto-ajuda).
Adicionalmente, todos sabemos que o mercado falha e, do meu ponto de vista, existe pelo menos uma forma alternativa de organização económica. Se é verdade que muitos defendem que o mercado é forte porque é o mecanismo (enquanto “ordem espontânea”) que melhor funciona como estrutura capaz de hierarquizar as necessidades limitando a sua satisfação às possibilidades reais de o fazer (tendo em conta os recursos disponíveis) e que o comunismo é fraco por restringir as necessidades às mais básicas limitando a sua evolução natural, é possível encontrar uma forma alternativa de organização económica que satisfaça a maior parte das necessidades públicas sem explorar as principais razões da exclusão.

[1] Onde quem não paga anda “à boleia” de quem o faz.

Parabéns Sotôr!






Carvalho da Silva, que defendia a sua tese de doutoramento em sociologia no ISCTE, referiu que o seu trabalho de cerca de 500 páginas demonstra que, na História, o trabalho anda sempre em paralelo com o Estado Social.
«O suporte dos direitos sociais é o trabalho», disse o sindicalista que explicou ao juri, ao longo de quase quatro horas, a forma como desenvolveu a sua tese e os resultados que obteve.
Explicou que consultou milhares de documentos, usou autores nacionais e estrangeiros, recorreu a trabalhos e documentos da Organização Internacional do Trabalho, fez milhares de questionários e entrevistas e fez a analise de casos concretos em vários grupos empresariais.
Admitiu que aproveitou a sua experiência de vida enquanto sindicalista.
Foi «um vaivém dialéctivo entre teoria e pesquisa», disse, acrescentando que desenvolveu um modelo de análise que procura assegurar visibilidade à acção colectiva, numa altura em que o individualismo está institucionalizado.
Na sua tese, Carvalho da Silva fez também uma análise dos mais de 30 anos de vida sindical da CGTP e desenvolveu uma perspectiva do que é o sindicalismo europeu e o sindicalismo mundial.
A regulamentação do trabalho, as relações laborais e a contratação colectiva (enquanto factor potenciador do trabalho mas também de democracia) são outras das matérias abordadas por Carvalho da Silva, que defendeu o movimento sindical como factor transformador da sociedade.
«A democracia enfraquece sem um sindicalismo reinvidicativo», disse ao juri.
Os desafios levantados pelo conceito de flexigurança não foram esquecidos pelo sindicalista/sociólogo que defendeu a necessidade de ser feita uma reflexão sobre o tema com os trabalhadores.
O juri que apreciou a tese de Carvalho da Silvam, presidido pelo presidente do ISCTE, Luis Reto, não poupou elogios ao trabalho feito mas também não lhe poupou perguntas, o que levou a apresentação a prolongar-se por mais quase uma hora para além das três que estavam estabelecidas.
Os orientadores da tese, António Firmino da Costa (professor do ISCTE) e Manuel Carlos Silva (da Universidade do Minho)também eleogiaram o trabalho apresentado por Carvalho da Silva, considerando-o como um contributo para a comunidade cientifica e para o enriquecimento de todos.
Os professores do juri fizeram questão de salientar a enorme a assistência que presenciou o debate académico, que fez com o auditório do ISCTE (com capacidade para cerca de 200 pessoas) fosse pequeno para albergar todos.
Personalidades como o constitucionalista Vital Moreira tiveram de assistir sentados nas escadas e outros ficaram à porta.
O ex-presidente Mário Soares, o ex-ministro Silva Peneda, os deputados do bloco de Esquerda Miguel Portas e Mariana Aiveca, Maria de Belém Roseira (PS), Luis Pais Antunes (PSD), o ex-ministro Paulo Pedroso, foram algumas das figuras politicas presentes.
Estiveram também Alfredo Bruto da Costa, o padre Vitor Melicias, o ex-sindicalista e autarca José Luis Judas, o professor de Direito do Trabalho José João Abrantes e os representantes patronais João Machado e João Salgueiro.
A plateia encheu-se também com inúmeros jornalistas e sindicalistas e por alguns artistas, nomedamente os cantores Carlos do Carmo, Vitorino e Janita Salomé.
A tese de doutoramento de Carvalho da Silva, com o titulo «A centralidade do Trabalho e Acção Colectiva» teve a nota máxima."

segunda-feira, julho 16, 2007

A Minha PLAYLIST... [4]

É incontornável...
É uma grande música, de um grande cantor e compositor Portuense (Rui Veloso) sobre a MELHOR cidade do MUNDO ... o PORTO, CARAGO!

terça-feira, julho 03, 2007

A Minha PLAYLIST... [3]



É a Terceira escolha mas podia perfeitamente ser a primeira. Simplesmente uma das canções mais bem escritas de sempre...

"A Night at the Opera é facilmente um dos melhores álbuns Queen. Dos quatro primeiros, foi o álbum que mais tempo demorou a gravar. Não contávamos que assim fosse, mergulhámos nele e dissemos que queríamos fazer dele tantas coisas. Demorámos cerca de quatro meses a gravá-lo e quase não cumprimos o prazo, porque naquela altura íamos fazer uma digressão. Era importante fazermos o álbum da maneira que queríamos, sobretudo depois de gastarmos tanto tempo com ele. Cada canção do Opera tem vida própria"

"Muito boa gente censurou a Bohemian Rhapsody, mas há algo do género que seja minimamente comparável? Nomeiem um grupo que tenha feito um single lírico. Não me consigo lembrar de ninguém. Não fazemos um single lírico por achar que seríamos o único grupo a fazê-lo, simplesmente aconteceu."

Freddie Mercury - Auto-retrato
Organização de Greg Brooks e Simon Lupton
Campo da Música